Frank Howard Clark

"Um hábito é algo que você pode fazer sem pensar - e é por isso que a maioria de nós temos tantos deles."


Hoje, o Barcelona bateu o Manchester United, por 2 x 0, e faturou a Champions League (atualmente, a maior competição do mundo). Não entrarei no mérito do futebol, pois este não é meu objetivo aqui. Esse embate não se resumiu a uma luta dentro do campo, em busca de uma taça, mas sim uma avaliação do desempenho de gestões totalmente diferentes, em busca do sucesso.

Enquanto o time inglês segue um modelo liberal, onde o time está sujeito às leis do mercado e à busca de lucro, o time catalão segue o estilo clássico, onde o clube possui uma relação estreita com o torcedor e vice-versa. Não é por acaso que hoje o Manchester United pertence ao magnata americano Malcolm Glazer, que comprou o clube em 2005 por meio de empréstimos a longo prazo que hoje estão na casa de US$ 1,1 bilhão. O Barcelona segue uma linha diferente, onde o clube é propriedade coletiva de 163 mil sócios e com diretoria eleita.

Talvez a divergência entre as filosofias esteja estampada, literalmente: o Red Devils alterna em sua camisa o patrocínio de diversas multinacionais (como a AIG e a Vodafone), ganhando altíssimas quantias para isso; já o Barça paga anualmente 1,5 milhão de euros para poder ter a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Criança) em sua camisa.

Atualmente, o campeonato inglês é considerado o melhor e mais disputado do mundo, com equipes fortíssimas. Entretanto, no meio de todo esse favoritismo, o Barcelona FC, com 5 jogadores titulares formados na base, derrubou o gigante inglês, que não contava nem com um da base que fosse.

Para aqueles que acreditam em gestões perfeitas e modelos pré-fabricados, isto é uma – belíssima – decepção.

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