Frank Howard Clark

"Um hábito é algo que você pode fazer sem pensar - e é por isso que a maioria de nós temos tantos deles."

Luís Carlos Sarmento é um daqueles homens raros que existiu no jornalismo. Com uma brilhante capacidade de escrita e uma criatividade extraordinária, Sarmento marcou época e deixou saudades de um jornalismo que hoje parece não existir.


Conhecido com um homem que gostava de ser repórter na área policial e que muitas vezes criava suas histórias, mesmo que não tivesse veracidade, Sarmento passou pelos principais diários da cidade do Rio de Janeiro, como O Correio da Manhã, O Globo e o Jornal do Brasil.

E foi no Jornal do Brasil que uma das suas melhores histórias saiu. Estava Luís Carlos Sarmento num bar, na Cinelândia, Centro do Rio, quando ouviu de um vendedor de pipocas que os pombos do local haviam sumido. Pronto, nascia alí a história perfeito para um repórter perfeito, que não se preocupava com as verdades, mas sim em contar uma boa história.

Um dia após o ocorrido, o Jornal do Brasil passou a vender 800 mil exemplares por dia, ao invés dos 200 mil exemplares. Toda essa tiragem era devido a história de um gavião que comia pombos da Cinelândia. Não contente em criar o gavião, Sarmento ainda deu um ninho para ele, o relógio que ficava na torre da loja Mesbla, na Rua do Passeio.

A história precisava de um final, o editor do JB já pressionava o brilhante repórter por um final, e com contornos teatrais na trama, Sarmento contratou um homem e o caracterizou de caçador africano. O homem caçava o animal em pleno Centro da Cidade, imaginem a cena. Sarmento ainda arrumou um gavião empalhado e o colocou no alto torre.O caçador, ao ver o animal no alto da torre, deu um tiro e o gavião empalhado foi empurrado por um assistente de Sarmento torre abaixo. Outro assistente jogou sangue de galinha no gavião. O caçador e Sarmento foram até o local onde o animal estava, o enrolaram em folha de jornal e tiraram uma foto que virou capa no dia seguinte.

Esta história, de contornos dramáticos, é verdadeira; assim como tantas outras de Luís Carlos Sarmento. Elas estão todas no livro "Luís Carlos Sarmento - Crônicas de uma Cidade Maravilhosa", de José Amaral Argolo e Gabriel Collares Barbosa, da editora e-paper.

Eu recomendo!

As deste ano serviram para ser o grande teste de paciência do fim de 2010. Serviram também para responder as mesmas perguntas do fim de 2009.


A começar pelo Natal, onde vamos combinar, o verdadeiro espírito natalino nunca é celebrado. Quando chega o Natal pensamos sempre em ganhar presente. É verdade, ninguém lembra do verdadeiro espírito natalino. Ah, e se o negócio é ganhar presente poderíamos dar um toque nas vovós né, pois acho que ninguém mais aguenta, todo ano, ganhar cuecas ou meias nesta época. Se é pra brincar de dar presente, vamos brincar direito.

Outra coisa chata no Natal é aquele tiozão que quando chega na tua casa, te olha e solta aquela célebre frase: "Tá grandão hein". Ou então, quando ele resolve realmente te sacanear de vez, ele faz aquela célebre pergunta: "E as namoradas?". Quando ele: "engordou hein", não há nada mais chato e embaraçoso.

Ano Novo então...além de aguentar alguns chatos da família, você tem aguentar as malas que são de fora da família; sem que contar que se você mora em prédio, com uma varanda não muita larga, tem a sensação de estar no Mercado Popular da Saara, no Centro do Rio, em plena época natalina.

O pior do ano novo é quando um desconhecido vem e acaba dormindo na sua casa. Até aí não vejo nada de mal, mas não contente em te tirar da sua cama e te colocar para dormir no sofá, feito marido brigado, escurraçado da cama de casal, a pessoa ainda tem aquela tacada final para te sacanear de vez.

Quando no dia seguinte você abre a geladeira, procura aquela cerveja, a única que você gosta e das 12 garrafas você só encontra uma, você tem uma certeza: foi aquele ser! Neste exato momento você é tomado por uma ira e começa a xingar Deus e o mundo, pois você dorme no sofá, fica com dor no dia seguinte e tem gran finale de encontrar sua geladeira sua cerveja favorita, que tinha sido paga com o próprio bolso. Ah festas de fim de ano...

Brincadeiras a parte, gosto das festas de fim de ano, tanto do Natal como do Ano Novo.

Desejo à todos um feliz 2011...desde que não tomem a minha cerveja!